Uma vez, uma delas me disse:
- "Lu, você é a pessoa mais... (não encontrou palavras para expressar) que eu já conheci. E eu quero que você me prometa uma coisa. - segurando minha mão e olhando bem dentro dos meus olhos. - Prometa que nunca vai deixar cortarem suas asas. Porque já basta você ser um pássaro grande vivendo em uma gaiola pequena! - olhando para o céu. - Você ainda não percebeu que esse mundo é pequenino demais para o que te tem ai dentro?"
E eu nada soube dizer. Agradecida, apenas consegui sentir que aquilo um dia me faria muito mais sentido e que era importante guardar aquelas palavras sinceras e de carinho.
Alguns anos depois outra pessoa (espírito que me cuida) me deu um livro chamado 'Calvário de libertação, de Divaldo P. Franco pelo espírito de Victor Hugo' dizendo que o livro iria me ajudar. Quase três anos depois ainda não o consegui ler. Mas em um dia como o de hoje, resolvi pegá-lo para ler e fiquei horas parada na frente de sua capa... me perguntando se era pelo conteúdo ou pela capa que Deus o havia colocado em meu caminho.
Pois digo agora que foi a capa que me ajudou a arrancar um sorriso qualquer que não saía de mim há dias. E quanto ao conteúdo, isso é pra outra conversa. Obrigada querido amigo.
Entre a boca da noite e da madrugada um ser de luz me falou:
- "Quando você achar que se perdeu e que tudo parece ruim, escreva. Apenas escreva. De qualquer forma. Pois as asas da imaginação virão. E você se sentirá melhor."
Com lágrimas nos olhos ainda, aceitei sua fala com um suspiro de alívio e reconforto.
Sei que à alguém como esse ser eu não preciso agradecer, mas faço questão... obrigada!
["Ela disse assim
É porque é
É porque é
Não há desespero em vão
Se ela quer voar
É porque tem asas
É porque tem asas"]
(clique em cima da letra a cima)
É porque é
É porque é
Não há desespero em vão
Se ela quer voar
É porque tem asas
É porque tem asas"]
(clique em cima da letra a cima)
Recortando um pedaço de jornal onde tinha a Canção Mínima (de Cecilia Meireles), cantarolei e chorei. Quão feliz estava! Era tanta empatia que não cabia em mim. Talvez por saber lá no fundo que essa canção ainda me ampararia inúmeras vezes. E que é saudável se ter um refugio.
Então, obrigada a mim mesma por ter colado na porta do meu quarto esse papel recortado e por C.M. por tê-la escrito.
[No mistério do sem fim
Equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
E, no jardim, um canteiro,
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta.]
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