rosto rígido, respiração intensa e profunda.
sinto cravando minha arcada dentária em si mesma, quase se destruindo.
gosto de sangue.
engulo seco com o maxilar latejando e forçando mais e mais, somente para que aquela lágrima, que insisti em querer descer, não desça. porque a raiva que sinto agora não permite. como não aceita todas essas outras posturas a que despertaram meu latejo nesse rosto rígido.
gosto de sangue.
engulo seco com o maxilar latejando e forçando mais e mais, somente para que aquela lágrima, que insisti em querer descer, não desça. porque a raiva que sinto agora não permite. como não aceita todas essas outras posturas a que despertaram meu latejo nesse rosto rígido.
é tão latente o desejo de ser aceita e tão latente o ódio de não aceitar -tais posturas-. quanto paradoxo! mas o que é a vida se não um paradoxo?
pois apesar de ser olhada como incomum, sou bem igual a vida, um paradoxo. E agora me diga: a vida não é comum?
quem será de fato o incomum nesta história?
com a cabeça pulsando, fecho os olhos e sorriu sarcástica ouvindo um bom som (in)comum.
(L.B.)