segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Tá Foda!


Só quero dizer duas coisas:
uma, é que quando a gente está escrevendo (não literalmente escrevendo), costumam dizer que é um vomito. Mas quero redigir essa cláusula. É que no momento que a gente está escrevendo o vomito acontece numa ventania. E tu tem que tomar cuidado para que a gosma chegue ao chão completa, pelo menos com um pouco de autenticidade. Porque sei que nunca se chega até o "chão" da mesma forma como sai do pensamento.
O importante é que você vomite. Pouco me importa se alguém vai ou não compreender.
duas: é coisa demais para se falar numa vida só.

Ligo o computador e a luz me cega.
Incomoda minha vista um pouco, porém isso não é nada perto de onde estou.
Mas de onde estou dá para sentir o cheiro fresco de lá. Lá onde não sei onde. Tão longe.
E de alguma forma tão perto.
Só preciso descobrir que na verdade os girassois nunca estiveram longe, apenas não me permito ver e me deixei ser manipulada para não vê-los.
Que pena toda essa confusão. Nenhuma clareza quanto a nada. Quase que um tratamento behaviorista no 'Laranja Mecânica', só que sem os adesivos nos olhos. Literalmente. Não teoricamente.
Já me sinto. Me sinto. Um pouco palpável. Um pouco.
O suficiente para tomar coragem - acho que preciso olhar no dicionário para lembrar seu significado - .
Coragem.

Mundando aqui de foco. Definitivamente, devo ter sido meio arrogante. Não pelo motivo que já foi dito agora ao telefone. Mas pelo o que minha pessoa pensou ser capaz. Pela astúcia de achar que faria o bem, que "transformaria" alguém. Quis brincar de deus.
Bem feito! pelo o mal feito, pela audacia mal calculada.
- nunca fui bem mesmo em matemática. Muito menos em romances -
Mas agora aprendi (por algumas horas): não se muda ninguem por querer. As pessoas que se permitem mudar e permitem que você, sem perceber, causem alguma mudança nelas.
E eu? Onde fico? Fico onde so os manés (não manés como outros manés) ficam. E que quando percebem, dizem: Onde estou? Me tirem daqui, por que tá foda!

Sei que o que escrevo aqui vai/está parecerendo um pouco/muito confuso. Mas é que a vomitadora está assim.
Me encontro dançando no miolo do meu quarto semi nua com um colar de perolas e rosa com uma garrafa de vinho (meu favorito) ao som de jazz clássico.
Arrepios pelo corpo. Sensação de pseudo liberdade. Ninguem tá livre da própria mente.

Qual cor? não sei.. Cinza, talvez. Nem tão claro nem tão escuro, porém sombrio. Ainda.

Uma última coisa. Sinto saudades do meu verde.
Porque por onde andei nos últimos tempos ele sofreu um dolorido desmatamento e agora, tá FODA!

Por hora é só.
Por hora.

Um comentário:

  1. fiquei arrepiada lendo, posso?
    estou esperando ansiosa pelo nosso vinho de quarta, não deixe-se fraqueja e faltar, você é parte de mim - dos meus amores e das minhas dores.
    amigAmor, estamos aqui... sempre.
    minha nega <3
    mais do que nunca, juro, saudade.

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