No alto da janela, sentada.
Dou-me conta da selva de concreto em que habito,
quando o vento é projetado pelo ventilador e o "cantar do grilo" é o tic-tac da cerca elétrica que rodeia a casa. A luz da Lua é a luz que vem do poste lá da rua
e o céu limita-se a um pedacinho minúsculo e escuro, porque o que vejo mesmo é um longo telhado amarronzado.
Mas não quero dizer que esse céu marrom-telha seja o limite.
O "som dos bichos andando" na terra é o deslizar dos pneus dos carros que ouço lá ao longe, a fogueira é a chama acesa do eu cigarro.
E o tempo não pára.
(L. B.)
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