Quereria eu registrar mais solidamente o que meus olhos vêm,
o que através deles sinto.
Sinto.
E se a música que canta aos meus ouvidos deixasse-me morrer por ela.
Seria tudo em câmera lenta.
Mas aqui nesse outro universo não se pode falar com a gramática.
Te amo, te amo.
Me amo tanto.
Ó! não.
Se vá, vá indo arrastando todo o... todo o...
o que eu não sei dizer.
E poderás ficar adormecida, minha querida.
Sorria nessa plenitude, sangrando.
Quando eu me transporto aqui dançando, quando eu não penso pensando, quando eu só queria era viver mais, sentir mais, bem mais.
Ah! se meus sentidos registrassem.
Não passageiro de mim nem de tudo.
Pois, que passe então!
(L.B.)
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